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Recém aberta no coração de São Paulo, nossa loja é abraçada pela arquitetura moderna paulistana que envolve em história e cultura a moda artesanato que fazemos. 

Para pensar a descentralização do consumo e o protagonismo da moda autoral brasileira convidamos Rener Oliveira a discutir a busca ao encontro de uma moda contemporânea cada vez menos hegêmonica e concentrada em espaços tradicionais. 

PARA ONDE VOCÊ OLHA QUANDO FALAMOS SOBRE MODA? 
POR RENER OLIVEIRA

Não diferente das questões cotidianas e de socialização, a moda também sempre nos coloca em caixas. Se você olhar para o passado não tão distante, pode entender que os hypes nascem, crescem, às vezes até reproduzem, mas morrem. Quem não recorda dos jeans da Fiorucci no Brasil? Olha, se pautamos tanto a sustentabilidade, o nosso desejo é que cada vez mais a moda nacional se fortaleça, criando memória e repertório identitário para que possamos mergulhar nas nossas próprias referências.

E para que essas etiquetas que nascem com o propósito de criar novas realidades possam existir, devemos vivenciar experiências de consumo que olhem para dentro do país como potência criativa.

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Somos limitados a seguir tendências. Não estou falando das cinturas baixas ou qualquer tipo de core lançada na velocidade da luz por algum influencer. Mas das tendências de consumo por repetição. Reproduzimos esse padrão de marcas, estilistas e lugares. Tudo é moda. Mas a moda nem sempre está em tudo. Se alguém te perguntar o nome de uma marca nacional, aposto que você possivelmente lembrará rapidamente de 2 ou 3 que estão aí nos noticiários.

Mas o Brasil com toda a sua maestria e mix de referências é muito mais do que um top 3 de sucessos midiáticos. Cada vez mais, nós, os novos consumidores da moda, precisamos ir além dos locais ortodoxos e romper essa cultura do “in e out” e olhar para as marcas como universos que podemos explorar.

Nunca se falou tanto de novos estilistas como agora. A moda precisa estar no centro dos debates para que a gente não caia no ostracismo dos anos 2000, onde nos fechamos em concha para uma cultura de moda que hoje é datada, como se existisse em um mundo paralelo com estilistas que não aceitaram as mudanças do mundo.

Talvez, essa seja uma conversa mais sobre o “nós”, um olhar de dentro para fora, das nossas vivências e referências. Só assim podemos entender melhor como a moda é a nossa maior fonte de expressão, um recorte de quem somos e como queremos nos comunicar com o mundo.

Querer uma nova cultura de moda no Brasil, todos queremos. Mas para isso, precisamos exercitar a nossa criatividade, sair um pouco mais da comodidade dos shoppings, das ruas badaladas e dos mesmo lugares. Não adianta levantar a bandeira do feito à mão na internet sem fazer com que esse movimento de progresso seja executado como deve na prática. As pequenas marcas independentes não se sustentam de likes e comentários.

A moda que acreditamos está fora dos CEPs e rotas premeditadas. É preciso afinar o olhar.

Vamos?

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